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NRF Paris 2025: o futuro do varejo já começou (e o jogo mudou de vez)

  • 6 de out.
  • 3 min de leitura

NRF Paris 2025

Na última semana, tivemos a edição de Paris da NRF — Retail’s Big Show, uma das feiras mais influentes do varejo global. Depois de mais de cem edições em Nova York, o evento chegou à Europa pela primeira vez e reuniu líderes e marcas do mundo inteiro para discutir o presente e o futuro do setor.


E uma coisa ficou muito clara: o jogo mudou de vez. O varejo que quiser continuar relevante precisa olhar além do óbvio — e agir rápido.


A seguir, compartilho os principais aprendizados e tendências que todo gestor, lojista e profissional de varejo precisa conhecer (e aplicar).


A loja física continua viva e mais poderosa

Ao contrário do que muitos previram, a loja física não morreu. Ela se reinventou. O varejo presencial deixou de ser apenas ponto de venda: agora, é palco de experiência, relacionamento e dados em tempo real.


Guillaume Motte, CEO da Sephora, resumiu bem: “A Geração Z quer ir às lojas. Eles buscam experiências empolgantes.”


E os exemplos mostraram isso na prática:

  • Ambientes híbridos, onde digital e físico se conectam (espelhos inteligentes, realidade aumentada, telas interativas).

  • Personalização no atendimento, com recomendações instantâneas e ajustes no provador.

  • Logística inteligente — retirada expressa, entregas locais e click & collect cada vez mais ágeis.


A loja física segue viva, mas agora com um novo propósito: ser ponto de conexão emocional e estratégica com o cliente.


A inteligência artificial deixou de ser tendência, é realidade

O tema mais presente no evento foi a IA aplicada ao varejo. O discurso saiu do “futuro” e entrou no “agora”.


“Estamos aprendendo e testando o uso de IA em compras, enquanto já aplicamos fortemente em marketing e precificação.”— Hajir Hajji, CEO da Action.


Os exemplos impressionam:

  • IA prevendo abandono de carrinho e intervindo no momento certo.

  • Machine learning ajustando estoques e preços em tempo real.

  • Chatbots e assistentes virtuais que não só respondem, mas antecipam o que o cliente quer.


A IA deixou de ser acessório. Agora, ela é parte da operação, do estoque à experiência.


Dados são o novo ouro, mas precisam de ética e transparência

A NRF reforçou um alerta: usar dados de forma ética será o diferencial das marcas confiáveis.


Fernanda Dalben, CMO da Dalben Supermercados, trouxe um exemplo inspirador:

“O Lounge Estilo Dalben é mais que café grátis: é relacionamento e dados.”


A mensagem é simples: os clientes querem transparência. Eles querem saber por que você pediu o dado, o que fará com ele e o que ganham em troca.


As empresas que entenderem isso criarão algo muito maior que vendas: confiança duradoura.


Tecnologia como multiplicador do simples

O futuro do varejo não está em inventar o impossível, mas em usar bem o que já existe.


“Quando o cliente usa mais de um canal, ele compra três vezes mais.”— Fabio Faccio, CEO das Lojas Renner.


Na NRF, vimos isso na prática:

  • Pagamentos com biometria e reconhecimento facial.

  • Visual merchandising digital e dinâmico, que muda conforme o público do momento.

  • QR Codes e microinfluenciadores conectando o físico ao digital.


Pequenas inovações, quando bem aplicadas, potencializam resultados de forma exponencial.


O novo varejo é colaborativo

A palavra da vez foi colaboração. Crescer sozinho ficou no passado. A parceria entre Snipes e Paris Saint-Germain foi o exemplo mais citado: moda urbana e esporte unidos em uma colaboração que mistura propósito social e experiência de marca.


“Parcerias como a com o PSG unem esporte, moda e impacto social.”— Dennis Schröder, CEO da Snipes. O varejo que quer se destacar precisa buscar parcerias estratégicas, tanto dentro quanto fora do setor. Quando varejo, tecnologia e cultura se encontram, nasce o novo modelo de negócio.


Desafios urgentes para o agora

A NRF também trouxe alertas sobre o que precisa virar prioridade:

  • Sustentabilidade operacional (energia, transporte e embalagens).

  • Infraestrutura digital resiliente.

  • E, talvez o mais importante: treinamento humano.


“A tecnologia amplia o papel humano. O equilíbrio entre inovação e empatia é o que garantirá o futuro do varejo.”— Brian Cornell, CEO da Target.


A mensagem é clara: não existe tecnologia que substitua o fator humano.


Conclusão: o futuro pertence a quem une tecnologia e propósito

A NRF Paris mostrou que o varejo do futuro é um ecossistema onde tecnologia, experiência e ética andam juntas. Quem entender essa orquestra — e colocar o cliente no centro com humanidade — vai sair na frente.


No Brasil, esse futuro já começou. E a Rede SmartShop está acompanhando cada movimento, trazendo tendências globais para a realidade do nosso varejo, transformando líderes, times e resultados.


Porque o varejo não é sobre o que vem depois. É sobre quem está se preparando agora.

 

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