Liderança em crise: por que metade dos gerentes estão esgotados e o que o lojista precisa fazer urgente
- 26 de nov.
- 3 min de leitura

O varejo está vivendo uma transformação intensa. As lojas mudaram, o consumidor mudou, os processos ficaram mais complexos e a tecnologia passou a fazer parte de tudo. No centro disso, há um personagem que, silenciosamente, está carregando mais peso do que deveria: o gerente.
Hoje, boa parte dos líderes de loja está exausta. Não por falta de vontade, mas por falta de preparo, orientação e estrutura para lidar com um varejo que exige muito mais do que o que foi ensinado a eles no passado. E se o lojista não agir, a consequência é inevitável: queda nas vendas, rotatividade alta, clima pesado, metas não batidas e talentos desistindo do setor.
Esta é a verdade que pouca gente gosta de assumir: não existe loja forte com liderança fraca e não existe liderança forte sem formação.
O varejo mudou e o papel do gerente ficou mais pesado
Durante anos, o gerente foi o “quebra-galho oficial” da operação. Cuidava de escala, caixa, vitrine, cliente, treinamento e, quando possível, da venda, mas isso ficou no passado.
Hoje, o gerente precisa:
integrar loja física com pedidos online, WhatsApp e retirada;
lidar com clientes mais exigentes e menos pacientes;
motivar e desenvolver equipes jovens, rotativas e complexas;
analisar indicadores e tomar decisões rápidas;
garantir que a loja funcione no detalhe.
O problema? Ninguém preparou esse profissional para isso.
O que chamam de “falta de liderança” muitas vezes não é falta de liderança, é falta de método, apoio e de formação real.
Quando falta processo, sobra pressão e o gerente começa a quebrar
Em muitas lojas, a rotina funciona assim: virou o mês → corre atrás da meta, mas sem um plano de ação estruturado, sem previsibilidade e sem rotina de gestão, tudo vira improviso.
O gerente passa o dia apagando incêndio, sem tempo para treinar, orientar, acompanhar indicadores ou corrigir rumo. Ele reage ao varejo, não lidera. E, quando ele está apenas tentando sobreviver à operação, a equipe sente, o clima pesa, a cobrança aumenta e a motivação cai.
A loja entra em modo “empurra”, e não mais em modo “cresce”.
Rotatividade não é um problema de salário, é um problema de liderança sobrecarregada
Muitos lojistas acreditam que vendedores saem porque querem ganhar mais, mas a realidade é que eles saem porque:
não recebem feedback,
não têm um plano claro,
não são treinados,
não sentem evolução,
não enxergam direção.
E isso acontece não porque o gerente não quer fazer tudo isso. Acontece porque ele simplesmente não consegue.
Quando o gerente está esgotado, a equipe fica perdida, quando a equipe está perdida, o cliente percebe e quando o cliente percebe, a venda vai embora. Tudo está conectado e tudo começa na liderança.
O que o lojista precisa fazer urgente
A solução não é contratar mais gente, trocar gerente ou aumentar cobrança, é estruturar, formar e equipar esse líder para que ele consiga entregar o que o varejo realmente precisa.
O primeiro passo é tirar o gerente do modo sobrevivência. Isso significa dar a ele ferramentas, rotinas, autonomia e clareza. Gerente que está preso na operação não lidera, apenas cumpre tarefas, e loja sem liderança sólida não cresce.
Outro ponto fundamental é implementar uma rotina real de gestão, não apenas cobranças esporádicas. Alinhamentos diários, acompanhamento de indicadores, plano semanal de vendas, conversas estruturadas com o time… tudo isso dá ao gerente a capacidade de prever, e não apenas reagir.
E, acima de tudo, é preciso investir em treinamento contínuo. Não treinamento de uma tarde ou uma vez ao ano, treinamento contínuo, prático, aplicável. É isso que transforma gerente em líder, e líder em resultado.
Porque quando o gerente aprende, o time aprende. Quando o time evolui, a venda cresce. Quando a venda cresce, a loja prospera.
A crise de liderança não é o fim. É o alerta.
O esgotamento que vemos hoje é um sinal claro de que o varejo entrou definitivamente em uma nova fase e quem não preparar suas lideranças vai ficar para trás.
A boa notícia? O movimento de mudança pode começar agora. E começa com uma decisão simples: investir na formação real dos líderes que seguram a operação de pé todos os dias.
O futuro da loja depende disso.
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