Seis passos essenciais para conquistar a confiança do consumidor no varejo moderno
- 5 de jun.
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Atualizado: 6 de jun.

Em um mundo cada vez mais digital, veloz e imprevisível, uma palavra tem ganhado força como diferencial competitivo: confiança.
O consumidor moderno, mais informado, exigente e sensível às mudanças sociais, ambientais e econômicas, está escolhendo com mais critério. Não basta entregar bons produtos. É preciso construir relacionamentos duradouros, transparentes e com propósito.
É isso que revela a pesquisa global “Voz do Consumidor 2024”, da PwC. Com mais de 20 mil entrevistados em 31 países, incluindo o Brasil, o estudo mostra de forma clara: as empresas que conquistam e mantêm a confiança do consumidor saem na frente — mesmo em tempos desafiadores.
Abaixo, você confere os seis pilares apontados pela PwC como essenciais para consolidar essa relação de confiança — e como isso se aplica, de forma direta, ao varejo brasileiro.
1. Alinhar-se às preocupações ambientais e sociais do consumidor
A consciência socioambiental dos consumidores aumentou significativamente. Os brasileiros, por exemplo, estão entre os mais exigentes do mundo quando o assunto é sustentabilidade.
Segundo o estudo, 64% dos brasileiros esperam que as empresas atuem de forma ambientalmente responsável. Isso inclui desde embalagens recicláveis até a rastreabilidade da cadeia de produção e o respeito à biodiversidade local.
Para o varejo, isso significa:
Ter um posicionamento claro e autêntico sobre ESG.
Oferecer produtos com impacto reduzido.
Comunicar de forma honesta e prática o que está sendo feito.
Sustentabilidade não é mais opcional — é esperado.
2. Promover saúde, bem-estar e alimentação consciente
O consumidor está mais atento à própria saúde e busca marcas que o ajudem nessa jornada. No Brasil:
56% querem aumentar o consumo de frutas e vegetais.
44% pretendem reduzir o consumo de açúcar.
20% querem diminuir o consumo de carne vermelha.
No varejo alimentar, isso exige uma curadoria mais estratégica do mix de produtos e a oferta de informações claras sobre ingredientes e procedência. Mas essa tendência se estende a todo tipo de negócio que promova qualidade de vida — de roupas a serviços.
3. Usar mídias sociais com responsabilidade
Embora redes como Instagram, TikTok e WhatsApp estejam entre os principais canais de relacionamento com o consumidor, o nível de confiança nesse ecossistema é baixo.
A PwC aponta que as mídias sociais são o setor com menor índice de confiança entre os consumidores. Isso impõe uma reflexão urgente às marcas: como equilibrar influência e autenticidade?
As empresas que mais crescem nas redes são aquelas que:
Investem em conteúdo com propósito (e não apenas venda).
Valorizam o atendimento humanizado, até no direct.
Evitam campanhas oportunistas e se posicionam com clareza.
4. Proteger dados e personalizar experiências
Um paradoxo interessante: os consumidores querem mais personalização, mas também mais privacidade.
O estudo mostra que mais da metade dos consumidores estão dispostos a compartilhar dados pessoais — desde que recebam algo em troca.
Isso pode ser:
Um desconto exclusivo
Atendimento mais ágil
Recomendação de produtos personalizada
Mas isso exige transparência, segurança e ética. Um deslize com dados sensíveis pode custar muito caro — em reputação e em faturamento.
5. Mostrar valor mesmo diante da inflação
No Brasil, 60% dos consumidores estão mais seletivos. O desafio não é só vender mais barato, mas mostrar o verdadeiro valor daquilo que se entrega.
Isso passa por:
Melhor atendimento
Produtos mais duráveis
Programas de fidelidade mais inteligentes
Marcas que se preocupam com quem compra
Lojas que vendem só preço, perdem para marketplaces. Lojas que vendem valor, criam relacionamentos.
6. Adotar tecnologia com equilíbrio — e não substituir o fator humano
O uso de Inteligência Artificial, autoatendimento, robôs e chatbots já faz parte da rotina de compras. Mas o estudo mostra que os consumidores ainda valorizam, e muito, o contato humano — especialmente para dúvidas e decisões complexas.
Ou seja: Tecnologia sem empatia afasta. Tecnologia com empatia aproxima. As empresas que encontrarem esse equilíbrio sairão na frente.
O que tudo isso tem a ver com sua loja?
Tudo. A construção de confiança é, hoje, o maior ativo que sua marca pode ter. E ela começa com decisões diárias: desde a forma como você trata sua equipe até como responde um comentário nas redes sociais.
A loja que conquista a confiança do cliente não precisa vender: o cliente compra.
A Rede SmartShop está aqui para ajudar
Na Rede SmartShop, acreditamos que o varejo do futuro será feito por empresas que priorizam:
Pessoas
Propósito
E performance com consciência
Estamos construindo, junto com lojistas, especialistas e gestores, um ecossistema de apoio, capacitação e conexões estratégicas. Aqui, você encontra ferramentas práticas, conteúdos atualizados e uma comunidade que compartilha os mesmos desafios.
Fique ligado nas próximas publicações da Rede Smartshop e aproveite para conhecer o novo processo de certificação.
Porque confiança não se promete — se constrói. E começa dentro da sua loja.
Baseado no estudo “Voz do Consumidor 2024”, da PwC
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